ODE AO BASCULHO
Cruzei-me com um basculho
Numa rua com alto barulho
E pensei escrever-lhe uma ode...
Só quem o conhece pode:
1º capítulo
Evocação
Evocação
Floresces em negras montanhas
Teu ninho ajeitas e amanhas
Tentas perverter o sistema,
Urdes um qualquer esquema
Levantas tua sinistra face
Preparas-te para qualquer enlace
Pois sabes que és mesmo feia
E teu sovaco é chulezenta meia.
O basculho é sectário e só
Nas partes fodengas agasalha pó
Mas quando um cai na sua teia
Ou vai, ou racha! Ou come, ou arreia!
E foi assim numa noite escura
Uivando pela minha sepultura
Lembrei-me no dia da liberdade
Que Porra! Tem de haver igualdade!
E disse: "Eu quero o meu basculho.
Metam-mo num embrulho
Em cores de vermelho e prata
Como quem não quer, mas engata.
Os meus direitos já conheço
E meus neurónios entorpeço.
Saia, então, um desses odres
Pois qual Dinamarca, meu reino é podre."
E ela levantou-se hossanas gritando,
Seus longos braços, tortos, acenando,
Seu lindo olhar, negro, soltando,
Seu belo traseiro, gordo, se farpando,
Sua voz maviosa, estridente, guinchando,
Sua pele luzídia, porca, mostrando,
Chama-me com seu hálito tresandando
E eu, louco... ia quase desmaiando...
Botei mais um golo desse gin
Sabia que tinha de dizer que sim
Ataquei a botelha, dei-lhe sem perdão.
De tudo sairá, menos um "não"!
E até ao fim a botelha entornei
É certo, Deus, no vinho pequei,
Mas como a gaja no Verão medra
Comer um basculho é uma pedra.
2º capítulo
Acção
Acção
Cavalgava-a, agora, por trás
Possuía-a como Satanás
E ela uivava como uma hiena
Queria da grande... e também da pequena.
Toma lá, sua rata do esgoto
És linda, pareces meu escroto.
Consegues, enquanto rompo o buraco
Leviana lamber-me o saco?
A tropel saltei-te na frente
Sentiste meu troço ardente
(E como a bíblia sempre leremos,
Aí vai, meus caros: Oremos!)
Do sofá furei já o estofo
Tua rata tresandava a mofo
Meti-lha, então, na cloaca,
Não falava, lá tinha a estaca.
Altaneiro, já me sentia Rei
Encavar-te era a minha Lei
E dar-te-ei tantas meu vacão
Que terei teu nariz por usucapião.
Teus bigodes coçam-me o salho
Enquanto lençóis louco emporcalho...
Venho-me, agora, nos teus dentes
Trincar-ma, nem sequer tentes
Que te dou com meus guizos duros
Ponho essas bordas a render juros
Esporro-me no teu ouvido,
Pelo nariz sai o que tinhas bebido
E enquanto pelo meu pau almejas
Nas bordas da gaita com os lábios esbordejas...
16 comentários:
Proponho um monumento ao basculho!
É desta que o pugrama é suspenso... Até me faltou o ar!
Mas quem será o talentosíssimo autor?
Já Bocages não és, mas quem dera ao Bocage ter-te sido...
Quem diz que a poesia é para "meninas"??
Ah Poeta!
Ui que até sufoco e engasgo. LOOOOL
LoL LoL LoL LoL LoL
Sim senhor um grande Camões. Se bem que com menos Lírica e mais "É pica", mas isso é do vinho.
No blog da vaca malhada dizem que o autor é o RTM. E porque não assume a autoria?
Ui! Fujam que ele vai publicar todo o seu vasto leque de escritos! Cum caralho! Agora o pugrama tem os dias contados...a ERCS nao perdoa!
Para quando o Ze Minas ou o Novo Novo Testamento?
Ass: Alf
Não sei quem é o RTM, só conheço a RTP, mas ela não escreve assim. Seja quem for é uma alma inspirada!
O que é um "Basculho"??
Bem, aí vai a resposta possível aos vossos anseios:
1- O monumento está a ser pensado;
2- Não, o pugrama não será suspenso;
3- Sabemos, mas não dizemos (somos ranhosos);
4- Não é menina, mas também não é poeta;
5,6 e 7- ... E mai nada...
8- Porque quer?...
9- Como?
10- RTP quente, RTM frio.
11- Um basculho... é um ser a modos que bisôntico.
Cumprimentos e beijos.
E uma versão alive da Ode?
Huuum! Improvável...
ora, ora... pergunta-se então o que é um "basculho"... Basculho no norte, vasculho no sul... mas ambos (os dois, esta claro...) são grandes vassouras, com cabos longuissimos, destinados á limpeza de tectos e paredes altas. mas ja agora.... o que é que o autor desta magnifica ode dizia que a fazia ao "basculho"??....
Só gostava de saber quem foi a musa inspiradora do talentoso autor... Mas desconfio...
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