sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Terra escuita, daqui Submarino, escuita:

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A imensa e intensa equipe técnica do Submarino, avisa a tripulação que, pelo facto de se encontrar de férias num resort topo de gama no Dubai (daqueles onde não se podem fumar cenas ou nos enfiam logo numa gaiola), o pugrama de Sábado passado (dia 23 de Agosto) apenas aparecerá online em meados da próxima semana, de mãos dadas com o de amanhã (que ouvimos dizer que vai ser do charalho...).
Por tal facto não pedimos desculpa, porque até prova em contrário somos todos inocentes, mas apelamos à paciência e compreensão (se quiserem, se não, não sejam pacientes, nem compreendam que a nós, tanto nos dá).
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Até lá!
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sábado, 16 de agosto de 2008

Submarino em Agosto

Mais uma ficha, mais uma rodada, e hoje à noite o submarino vai ser difundido para toda a galáxia e arredores a partir daqui:
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Golfinhos, gaivotas, dálmatas, gajas boas e é claro não falta cerveja fresquinha. Atenção, atenção, aviso à população: MLE e DLE erguem neste momento os periscópios! Escuita.

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domingo, 10 de agosto de 2008

Hoje não há festa... Há festão no Submarino...

A RTP 1 apresentou hoje o seu magnífico trabalho sobre Paredes de Coura... Bom, corem de vergonha a melhor rádio no pedaço foi a Santiago. Hoje temos todo o material que gravamos em Coura. As entrevistas com os VIPS, com os menos VIPS, com os Ultra-VIPS. Enfim, todas as gravações que fizemos e as que não fizemos. Umas em mono, outras em stereo conforme o DYC estava aberto ou fechado.
Temos musicol a bombar como o costume e vamos falar com... o Tino do Padaria. Um exclusivo da Santiago para o pessoal de Fão em particular e para o Mundo em geral, porque o homem é mais conhecido que os 3 pastorinhos.
Nos aguardem...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

The end of the Festival as we knew it...

E como tudo o que é bom acaba, também acabou o Festival de Paredes de Coura.
Ontem foi claramente o dia mais forte de Coura: dEUS, Mars Volta e Wraygunn deram grandes concertos. Ontem ouvimos dizer (porque não podemos estar em todas) que Ra Ra Riot estiveram bem. Au Revoir Simone já vimos nós e eu até era capaz de acrescentar adieu, adio, aufwiedersen, goodbye. Não era claramente a nossa onda e as 3 mocinhas esforçaram-se, mas ainda assim não chegou.
Biffy Clyro chegou com vontade de dar cabo do palco e partir tudo. Deram um bom concerto, bem puxado, com guitarras em distorção, bem ao gosto destes vossos escravos. É, sem dúvida, uma banda a rever.
Tenho de ser sincero: eu gostei da banda de tributo a Joy Division. Penso que há que ser tolerante com algumas falhas, mas em geral foi bom. Admito, contudo, que para alguns mais radicais fãs dos Joy Division tenha sido mau. É que há bandas que não têm igual.
Os Lemmonheads desiludiram-me. Um show truncado por 5 ou 6 baladas tocadas pelo vocalista/guitarrista cortaram totalmente o ritmo da coisa que até tinha começado bem com "It´s a shame about Ray".
Thievery Corporation não é, claramente, a nossa onda e foi aí que abandonamos o recinto aos conhecedores dos ditos, até porque já iam sendo horas da hemodiálise.
É isto e foi globalmente bom.
Os nossos agradecimentos ao João Carvalho pela magnífica recepção e até para o ano.

domingo, 3 de agosto de 2008

O dia do Juízo Final... e o anterior

Ora, bem e cá estamos nós outra vez no recinto do Festival de Paredes de Coura.
Ontem foi a desgraça que se viu. Não em termos de música e de grupos, mas em termos de... vocês sabem bem.
Entretanto, os Spiritual Front eram de tal forma espirituais que nós, materialistas dos sete costados e radicais nietschezianos, optamos por boicotá-los. Portanto, começamos por ouvir os Teenagers que eram - bom, talvez - mais ou menos, ou nem por isso, talvez. Bom eles existiam... e respiravam e eram para aí 4 ... ou 5. É isso. Eram muito novinhos...
Ao terceiro dia houve alterações no line-up devido a determinadas cenas que nos foram explicadas, mas que nós nos esforçamos por esquecer, porque o oblívio é sempre uma saída. Assim, os Wraygunn actuaram em último lugar e os Mars voltaram mais cedo. Entretanto, dEUS que estava para chegar mais cedo, chegou à mesma hora. Ou seja, nenhuma alteração biblica se prevê no Novo ou no Velho Testamento e mesmo que houvesse tanto fazia, porque o DYC às vezes até é à borla... Isto posto, a vida não tá fácil. Voltando ao que importa. O Whisky espanhol não é mau, ao contrário do que eu pensava e se pensavam também que na Segóvia só havia o Pedro Delgado, há também o DYC. Prontos, pá.
Os marcianos chegaram antes de dEUS e a novidade que trouxeram foi um revival de Led Zeppelin e Deep Purple, ou seja nenhuma. Gostei particularmente da secção de metais dos senhores, o Dle diz que gostou de tudo e ainda não tinha tomado nada, o que indicia que ele estava a falar a sério.
A apóteose esperada com a chegada de dEUS, desiludiu... Não houve luzinhas no céu, meninos em manjedouras, burros, vacas, ou quaisquer outro animais. O Concerto foi bom, sinceramente não estava à espera de tal coisa. De qualquer das formas, o povo também gostou e nós como somos democratas, do que o Povo gosta, nós também gostamos. Porreiro, pá.
Bom e depois pouco tempo de entrar no palco de guerra os Wraygunn tivemos de começar o pugrama. De qualquer das formas, entervistamos a vocalista dos ditos, o Brito e mais quem nos apareceu à frente, porque nisto de entrevistas não somos esquisitos, ou seja é mais ou menos como os labradores...
Wraygunn foi fixe, fixe, fixe...
Amanhã, há mais novidades... Aguentem que nós também aguentamos.
Pax Vobiscum...

O espírito de Coura

Seria mais ou menos isto, se houvesse por aqui um incêndio...

(hoje, atendendo às muitas condicionantes do díficil terreno de Paredes de Coura, e porque já ontem, durante o programa, se fez uma piquena retrospectiva do festival, não entendemos ser necessário, e não nos apetece, pelo menos agora, fazer nenhum resumo do que vimos - até porque do que nos lembramos também não é muito... Aguardem, amanhã ou depois, pela gravação do pugrama de ontem e vão palpitando, se acharem que devem)

sábado, 2 de agosto de 2008

E ao segundo dia conforme as escrituras.../ Submarino ao vivo de Paredes de Coura

Chegaram os Two Gallants, os The Rakes, os The Sounds, os Editors e os Primal Scream...
Two gallants eram demais para nós, pelo que a opção pela cerveja foi por nós seguida e assim´são inocentes até prova em contrário. Ao contrário os The Rakes maravilharam-nos com umas grandes malhas a puxar pelas guitarras fortemente, mas não resistimos à Heineken. Os The Sounds eram muito fraquinhos, mas tinham uma vocalista loira espampanante, com um alto calção que deixava ver a coxa e adivinhem... Era boa, boa, boa!!!
Os Editors deram também um grande concerto aplaudidos em pé pelo público que agradecia com mais uma sessão de mosh os décibeis debitados pelos ditos cujos. Para nós a melhor banda da noite, embora com uma guitarra "muito colada" aos primeiros tempos de U2 e The Edge.
Os Primal Scream foram para nós uma desilusão. Muito longe da forma que os levou a fazer primeiras partes para os monstruosos Rolling Stones, apesar de terem tocado os hits a malta pouco vibrou...
A vibrar ficamos nós a seguir com mais um pãozinho com choriço e uma Heineken ficamos mais próximos do Olimpo, porque por aqui e em geral nos festivais é tudo mais Osujo.
Até logo, o pugrama será em directo de Paredes de Coura e a bombar... Preparem-se.

aviso à navegação:

Mais loguinho (muito mais loguinho), Submarino em directo de Paredes de Coura. Prometemos contar tudo o que se passa, se nos apetecer.
Não deixem de escuitar!
Até.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Anarchy is dead

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O submarino a gastar pesadamente o seu estúdio móvel, neurónios e fígado em mais uma edição do Paredes de Coura. Munidos de Photo Pass, pulseirinhas e uma ou outra Heineken, lá fomos arduamente laborando, nesta difícil tarefa de radialistas.
O primeiro dia do festival foi ontem, e antes que se nos varra da memória, aí vai o diário do mesmo:
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Pontualmente e conforme previsto, às 19h30, subiram ao palco os portugueses Bunnyranch. Por coincidência foi a hora de ir beber, por isso não vimos, mas uns disseram-nos que foi mais ou menos, outros que foi bom, por isso, partimos do princípio que não foi mau. A bujeca bem boa.
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Seguiram-se os nossos vizinhos de Famalicão, X-Wife, que conhecemos na conferência de imprensa, uma espécie de comité de boas vindas.
O concerto, foi bom, ritmado e permitiu-nos ouvir as novas músicas da banda, em primeira mão, de um CD prestes a sair.
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Entretanto, no lusco-fusco, subiram ao palco os Bellrays. Uma dinâmica de rock, American Style, que agradou e aqueceu o recinto já com lotação esgotada, por esta altura. Detaque especial para o guitarrista que, de vez em quando, se convencia que estava a tocar com os Metallica.
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Os dois nomes mais aguardados da noite estavam para chegar. A chavalada aguardava os Mando Diao, que surpreenderam pela dinâmica, com uma retrospectiva da sua curta carreira e também um olhar pelo novo CD, ainda não editado em Portugal. Fizeram saltar e notou-se que muita gente os acompanhava nas músicas, provando o seu sucesso em Portugal. Chamada de atenção para o baterista, grande maluco, que se entregou de corpo, alma, cuspe e ranho (voltaremos ao assunto do cuspe, já a seguir). Como antecediam os Sex Pistols, já quase em jeito de despedida, dedicaram uma música ao maior ícone da música Punk Rock de sempre - Michael Jackson.
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Os velhotes aguardavam os senhores que se seguiram. Vamos então ao Punk. Em Paredes de Coura, fez-se história em Portugal. Pela primeira vez os Sex Pistols subiram a um palco luso. Entraram com Pretty Vacant, seguido de um punhado de todas os velhos hits (que não são assim tantos) e mais alguns covers de Stooges e outros.
Johnny ex-Rotten Lydon e os seus pares estavam imparáveis. Arriscámo-nos a dizer, melhor do que nunca, execução perfeita, alinhamento bem conseguido (com excepção do segundo encore), e um desempenho vocal surpreendente, dada a idade e má vida do moço. Se calhar não foi alheio a esse desempenho os números de regurgitação de Wiskey alternado com água com que o senhor brindou o público. O homem muito cuspia. Preparem-se para em breve poderem licitar no e-bay as resmas de toalhas que foram necessárias para limpar tanto escarro.
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A emoção estava ao rubro, e como seria de esperar, dois iluminados assaltaram o palco, originando a surpresa da noite: Johnny ex-Rotten Lydon já não é anarquista. O Senhor incomodou-se e ameaçou não cantar o God Save de Queen se os piquenos não ganhessem tino, "behave. This is my stage, that is your place". Como quem diz Punks, sim senhor, mas organizadinhos, por favor.Estranho para uma banda que há uns anos não sabia onde acabava o palco e começava a plateia, mas pelos vistos foi há demasiados anos, que o alzheimer já não o deixa lembrar.
Mas apesar de tudo, parecia uma viagem na máquina do tempo, transportando-nos para um concerto dos Pistols de há trinta anos.
Com o olhar esgazeado e cara de mau com que passou todo o concerto e que lhe são bem característicos, voltou para o primeiro encore e disse: "We do requests. What do you want to hear?". 25 mil gargantas gritaram "Anarchy". E a única anarquia da noite aconteceu, mas foi musical.
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Foi bom, foi como ir ao museu.
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Os resistentes tiveram direito a after-hours, com o som irreverente de The Mae-Shi e a festa continuou com DJ Amable, que apostou num set de electro-punk muito bem conseguido e que que muito agradou a uma área secundária muito compostinha.
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Dormimos pouco, mas o nosso povo merece (especialmente as piquenas) e cá estamos novamente a trabalhar, na margem da Praia Fluvial do Tabuão, onde decorre o Jazz na Relva, que uns comem e outros fumam, e onde o submarino estendeu a toalha e ergeu o periscópio.
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Logo à noite, no palco principal: Two Gallants, The Rakes, The Souds, Editors e Primal Scream.
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Amanhã, se sobrevivermos, voltaremos para dar notícias.
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Ah! E no Sábado não esquecer que o submarino é em directo de Paredes de Coura... Vai ser lindo, vai!
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Saúde e vinho.
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