quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Já cheira a Nicolinas... A propósito...

TEXTO DA POSSE DA ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ESTUDANTES DO LICEU DE GUIMARÃES/VELHOS NICOLINOS
RECITADO NA TORRE DOS ALMADAS EM 4/11/07

Muito boa noite, meus caros meninos
Daqui vos falam os Velhos Nicolinos
E eu, que sou Velho, desde já exijo
De vós paciência e da banda toque rijo.

Um dia eu também pela posse gritei
Comi muita castanha, em vinho afundei
E para a rigor cumprir essa função nobre
Muita castanha levei neste corpo pobre.

Um dia fui Estudante do nosso Liceu
E digo com orgulho: Considero-o meu!
Contra as sebentas travei duras batalhas
Que me trouxeram estas melenas grisalhas!

Mesmo a televisão era uma criação nóvel
Para fazer contas não havia um telemóvel
Contava p´los dedos e havia quem falhasse
Não havia dia que um prof. não m´assapasse.

Mas, não me arrependo! Nãaaao!
Só se perderam... as que caíram no chão!

Dizem agora que lhes fazeis dura a vida
Que no toutiço lhes fazeis funda ferida
Mas, não acredito! Sois bem comportados
Quem vos viu no Toural todos quilhados?

Não acredito! Oh, meus ricos meninos!
Sêde respeitadores e sereis Nicolinos
Posso ser velho e minha voz um farrapo
Mas ainda vou aí abaixo dar-vos um chapo...

E podeis-me dizer: “Oh tio, não ´tás na onda
A gente é baril curte hip-hop e kizomba
És voz de antigamente, és um tio velhote
No tempo da lâmpada ainda usas archote.”

Pois queiram saber que na Torre dos Almadas
Temos bela culinária e bebemos gemadas
Que nos fazem ter ar jovem, ostentar ar rude
A Torre dos Almadas é a fonte da Juventude!

E até temos aqui para quem gosta
Escondidos uns camarões da costa...
Do Costa, digo, do Costa...

O Monumento Nicolino era nosso objectivo
Sua aprovação passou pelo nosso crivo
Á beira do Pinheiro está preparado o lugar
Onde todos os dias meus olhos vão repousar.

O Monumento é lindo, é nosso, é moderno
Estará lá bem hirto de Verão e de Inverno
Já somos “avant-garde” não usamos cassete
Vêde lá, navegamos! Temos um site na “Net”!

Temos outros objectivos... guardados na mala
Temos novidades e projectos qu´inté estala
Mas do cesto da Posse ainda não é a hora
Não é gato escondido com o rabo de fora.

Mas não me perderei aqui com ditirambos
Os tempos de agora não são tempos de Rambos
Sinto-vos com pouca força, sinto-vos sem ar
Por esta rica posse... que porra! Tereis de gritar...

Oh, meus meninos! Que coisa fraquinha!
Quereis que p´ra ajudar vos chame a vizinha?

A Posse, sim! Tenho aqui um cesto bestial
De chouriço forte e até um doce conventual
Temos coisas boas! Coisas para rapaz novo
Que farão de vós, como de mim um lobo.

As Maçãs não esqueçam, meninos e marmanjos
Nas varandas teremos nossas queridas, uns anjos
E amanhã teremos a costumeira celebração
Teremos forte Pregoeiro para um forte Pregão.

Tenho outra novidade e esta é mesmo boa
O aeroporto que discutem será na Caldeiroa
E meus caros amigos agora dei o cheque-mate
Não sai da minha boca nem mais um disparate.

Desejo-vos boa sorte! Sou vosso amigo do peito
Para vos ajudar - se for preciso - nem me deito
Sabei aprender que a bandeira que se empina
É da sempre nobre - e nossa - Festa Nicolina!

Já chega, amigos! Chamem-me cá o “boss”
Que largue a cigarrilha e que lhes dê a Posse!

Rui Teixeira e Melo, 4 de Dezembro de 2007

2 comentários:

Anónimo disse...

O homem escreve muito bem! ;-)

Anónimo disse...

Eu diria até que ele "regurgita".