O Secretário-Geral do P.S. anunciou para a próxima legislatura "a remoção das barreiras jurídicas para que seja consagrado o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo." Isto é: o direito a constituir família e direito a constituir um património comum e quem sabe a adopção e a inseminação artificial.
Ou seja, ainda há pouco tempo o PS disse que o assunto precisava de ser discutido na sociedade para depois se avançar com a eventual alteração legislativa, agora os socialistas, nas palavras do seu líder, "devem defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo sem tibiezas, nem meias soluções".
Promete-se ainda o regresso da regionalização.
Esta história da "remoção de barreiras jurídicas" é muito mais porreira (pá) que alterar a Lei. A Lei deixou de ser alterada com o sentir das gentes, do povo e passou a ser removida, como se remove lixo ou uma ou outra pilosidade mais incomodativa.É que afinal nada se remove.
Remover é uma coisa custosa, que leva tempo e as Leis, mudam ao ritmo da mudança de um par de cuecas. (Sim, mesmo das comestíveis!)
Avance-se! Removam-se as barreiras jurídicas! Quase que me comove...
Entretanto, num curto espaço de um mês a sociedade já reflectiu sobre a matéria e para o ano está em condições de alterar o Código Civil e a Constituição (digo) remover o Código Civil e a Constituição, por forma a que se casem pessoas do mesmo sexo.
Pois bem, eu vos digo: nada tenho contra o casamento de pessoas do mesmo sexo. Tal como, aliás, não tenho contra o casamento de várias pessoas de vários sexos. Só que a isso já não chamam "amor", é um bacanal... E para esse, meus caros, ainda não está prevista a "remoção das barreiras jurídicas".
É pena!
Estaria, até disposto a aceitar o casamento entre uma mulher/homem e um animal. Eu próprio não desgostava de casar com uma vitela, desde que em breve se tornasse à jardineira. E porque não o casamento entre animais do mesmo sexo: um cão e um homem ou uma mulher uma cadela. A defesa da igualdade dá para tudo.
O amor Governa. E quem somos nós contra o amor?
Não me chateia, não me estorva e até estou a favor. Que se abram de uma vez os armários que para aí andam fechados.
Removam-se os aloquetes, as chaves e até as portas.
Abracemos o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Não lhe chamem é casamento, porque casamento é entre homem e mulher desde o nascer das civilizações. Chamem-lhe uma coisa nova e sofisticada, tipo: sociedade conjugal unissexual, amancebamento, ajuntamento, encontro de vontades, harmónio (por contraposição a matrimónio). Alistem-se e realistem-se nas Conservatórias, amancebem-se na hora e desamancebem-se na seguinte. Associem-se hoje e liquidem a sociedade amanhã por falta de activo (porque passivo não deverá faltar.
Enfim, amem-se...
Agora a adopção e a inseminação artificial??! Perdoem-me este laivo de fascismo (porque todos nós temos um piqueno fascista dentro de nós.
Pergunto: não será demais?
Permitir a quem por métodos naturais nunca poderia - de forma alguma (ok há o transsexual nos Esteites) - ter filhos, adoptar uma criança? Por razões de igualdade?
Ou seja, a lei actual não permite que pessoas com 60 anos ou mais adoptem, ainda que casadas (mesmo homem e mulher) e vão permitir a adopção por casais do mesmo sexo.
Há algo de errado aqui.
Imaginem só o favorecimento do negócio das barrigas de aluguer e da venda de nascituros...
E a inseminação artificial? Mas está tudo doido?
E então porque não a clonagem? Quem não gostaria de se ter a si próprio como filho? Já sabia do que tinha medo, do que gostava e do que não gostava...
Brilhante, Sr. Secretário Geral. Só faltava mais um assunto destes para desviar o olhar do que se passa para aí com o escalar abrupto da pobreza encapotada e da não encapotada. E já agora ressuscitar a regionalização vem a calhar.
Assim, como assim foi a única coisa quer não passou num referendo que V. Exas. ainda não ultrapassaram através do voto na A.R.
Os Representantes do Povo a obrar no Povo Representado... mas pouco pelo menos pelos deputados do PSD pelo que me dizem.
O Mundo devia, efectivamente, ter acabado em 2000...